A GetNinjas colocou o lucro acima da vida dos trabalhadores durante a crise do Covid-19. Para garantir seus rendimentos, a empresa seguiu as medidas provisórias de Bolsonaro para diminuir salários e demitir trabalhadores.
As medidas anunciadas em de abril de 2020 foram de demissões e redução de 25% de todos os salários. A GetNinjas, assim como Bolsonaro e sua linha econômica, defende que os trabalhadores têm que pagar com a vida para salvar a economia.
A GetNinjas é mais um empresa “startup”. Seus trabalhadores produzem e gerenciam um aplicativo para a contratação de serviços de profissionais autônomos e pequenas empresas, propiciando intermediação de contratações. Além disso, também fornece cursos e outros produtos como maquininhas de cartões. Nascida em 2011, a empresa cresceu, contratou mais, e chegou em outros países.
Segundo o CEO da empresa, as transações feitas pelo aplicativo em 2019 ultrapassam a cifra dos 500 milhões, e seu orçamento mensal chegou na casa dos milhões. Com pouco mais de 100 trabalhadores alocados na empresa, ela ficou conhecida por propagandear um ambiente de trabalho descontraído e tecnológico. Mas esse discurso não passou de fantasia e virou pesadelo para seus trabalhadores justamente quando eles mais precisam.
Nesse momento, todo o discurso empresarial de responsabilidade social e melhores relações de trabalho revela-se pura hipocrisia. Quando precisou escolher entre manter os empregos dos trabalhadores ou garantir o lucro dos acionistas, a GetNinjas não hesitou demitir, retirar direitos e constranger seus trabalhadores.
O Infoproletários é um espaço de organização dos trabalhadores de tecnologia e um canal de solidariedade. Nesse momento é fundamental denunciar e expor as atitudes dos empresários que colocam os lucros acima da vida. Compartilhe suas dificuldades com o Infoproletários em nossa página https://facebook.com/infoproletarios, e mandem mensagens também para nosso email infoproletarios@gmail.com.
FONTES:
https://forbes.com.br/colunas/2019/11/eduardo-lhotellier-do-getninjas-seremos-a-amazon-dos-servicos/